Na última semana, um jovem, de 17 anos, deu entrada na Unidade de Saúde Básica do bairro Imperatriz, em Mateus Leme, com sintomas de sarampo: febre, vômito, manchas avermelhadas pela pele e inflamação dos olhos. A USB foi evacuada e fechada para descontaminação, conforme orientação do Ministério da Saúde. De acordo com a Secretaria de Saúde, além desinfecção da unidade, foi verificada situação vacinal de quem estava no local para aplicação da dose tríplice viral. O adolescente teria tido contato com o vírus em outras cidades, antes de retornar ao município e não há informação se ele estava com o cartão de vacinação em dia. O exame foi encaminhado para a Funed, Fundação Ezequiel Dias e o resultado ainda não foi divulgado. Em Minas Gerais já são 41 casos confirmados de sarampo e ainda há 650 casos suspeitos em investigação, de acordo com o último Boletim Epidemiológico divulgado nessa quinta- -feira, 09. Já foram registrados casos da doença nas cidades do entorno de Mateus Leme como Itaúna, Betim, Contagem e Belo Horizonte. Segundo o secretário de Saúde, Rafael Oliveira, a doença estava erradicada na cidade, mas é importante que as pessoas não deixem de vacinar. “Há anos não observamos nenhum caso de sarampo no município e, apesar de termos a notificação dessa suspeita, ela ainda não foi comprovada. É importante procurar a imunização e, por isto estamos empenhados na campanha nacional e em realizar o Dia D contra a doença em 19 de outubro”, explica.
Campanha
Na segunda-feira, 07, começou a Campanha Nacional contra o Sarampo e devem ser vacinadas nesta primeira etapa, crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade. A vacina contra o sarampo evita 98% dos casos, se a pessoa estiver com o esquema vacinal completo. Pessoas de um a 29 anos precisam ter tomado duas doses para serem consideradas imunes. Já pessoas de 30 a 49 anos precisam de apenas uma dose. Se a pessoa não tomou, não lembra ou perdeu o cartão, a recomendação é que tome a vacina. As pessoas com mais de 50 anos são consideradas imunes, pois de acordo com o Ministério da Saúde, já entraram em contato com a doença, de alguma forma, e já possuem anticorpos.
“Dose Zero”
Pelo calendário de vacinação regular, a primeira dose da vacina contra o sarampo é aplicada após os 12 meses de vida. Porém, com o aumento dos casos, o Ministério da Saúde recomenda que todos os bebês de seis a 11 meses tomem a dose zero. Esta dose extra considerada pelo governo federal como medida preventiva, não substitui as demais previstas.